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sábado, 7 de abril de 2018

10:03

A Chegada - Criando Um Diálogo Universal

Arrival ("A Chegada" em português) é um filme de 2016, do diretor Denis Villeneuve (Blade Runner 2049, Os Suspeitos e O Homem Duplicado), protagonizado pela atriz Amy Adams (Trapaça, O Homem de Aço, Animais Noturnos) e Jeremy Renner (Vingadores, Terra Selvagem e Guerra ao Terror), além de outros ótimos atores como Forest Withaker.
Uma linguista, com uma vida até então comum, acompanha por noticiários os acontecimentos que estavam transformando o mundo em um caos. Naves alienígenas pousam na Terra e permanecem imóveis, despertando o medo em boa parte da população mundial. Os militares então, resolvem tentar se comunicar com esses supostos alienígenas, e pedem a ajuda da linguista Dr. Louise Banks (Amy Adams)para conseguir criar um diálogo com eles e descobrir o propósito deles na Terra.
  As diversas naves alienígenas surgem em vários cantos do planeta, assim, cada nação aplica seus métodos para conseguir desvendar o objetivo dos alienígenas. As nações buscam uma cooperação mundial para agilizar o processo, mas algumas surpresas ocorrem e essa cooperação acaba e o medo de uma possível guerra se instala.
  A trilha sonora e a fotografia cinzenta consegue passar um sentimento de tensão e ansiedade, não só nos personagens principais, mas também em todos que estão inseridos no filme, inclusive no próprio espectador. 
 O filme consegue despertar uma série de questionamentos sobre diálogos e sobre a própria natureza humana, que diante daquilo que não consegue entender, acaba entrando em pânico. O filme pode não agradar todos os gostos, pois em grande parte é um filme calmo, com bastante diálogos e um final um pouco difícil de se compreender. Ainda assim o filme consegue ser um espetáculo visual com ótimas cenas e personagens muito bem desenvolvidos.
   Diante dos acontecimentos do filme, iremos reparar em como a humanidade se mostra sensível perto de acontecimentos cósmicos. Vivemos uma vida inteira preso a idéias como sucesso financeiro e estabilidade, e não conseguimos as vezes ter tempo para questionar onde realmente estamos inseridos.
   Conhecer a história do universo é conhecer a nossa própria história. Vivemos tempos difíceis, onde em diversas partes do mundo a violência assola a vida de milhares de pessoas e cada vez mais o mundo perde o sentido, continua ficando cinza e pouco a pouco chegando ao seu  limite natural. 
   Sendo assim, o filme é muito recomendado para quem deseja refletir mais sobre a humanidade e como apesar da globalização, continuamos muito distantes. 




quinta-feira, 8 de março de 2018

19:26

Her - A Solidão dos Romances Futuristas

    Her, ( Ela, em português) é um filme escrito e dirigido pelo diretor Spike Jonze (que ganhou um óscar de melhor roteiro original nesse filme), conhecido por filmes como Adaptação, Onde vivem os monstros e Jackass. Lançado em 14 de fevereiro de 2014 no Brasil, o filme é protagonizado pelos atores Joaquin Phoenix (Gladiador) e Scarlett Johansson (Vingadores), além de outros nomes de peso como Amy Adams (A Chegada) e Chris Pratt (Guardiões da galáxia).
     É impossível não sentir a solidão angustiante que paira sobre o personagem principal da obra, Theodore, que está passando por um processo de divórcio com a ex-mulher e ainda não conseguira assinar os documentos que oficializam o tal. Destacando ainda mais toda essa solidão, é interessante notar como as roupas de Theodore apresentam cores mais vivas, em contraste com uma cidade "cinza", sem vida, como se fosse um grito do personagem buscando um pouco de atenção.
     Theodore é alguém que consegue captar a essência das pessoas. Ele consegue olha-las profundamente, reparando nelas e as compreendendo. Ironicamente, não consegue compreender muito a si mesmo, fugindo das próprias emoções, buscando apenas situações confortáveis, como videogames e conversas com estranhos online, sem lidar com as desagradáveis, como seus próprios sentimentos conflitantes. 
     Nesse contexto de fugir dos próprios sentimentos e de não conseguir seguir com a vida adiante após o término, Theodore, após sair do trabalho, assiste a um comercial sobre um novo produto em circulação, o OS1, um sistema operacional consciente. O SO não é como um robõ convencional que recebe ordens em um computador, ele possui vontade própria e evolui conforme socializa com os humanos que o adotam. Ele literalmente possui consciência do que é, do que faz e da própria existência.

      Theodore então, inicia uma amizade com seu SO, que se chama Samantha, e essa relação irá crescer muito com o passar do tempo e se tornará algo maior, criando um romance entre os dois. Apesar de ser apenas uma voz no computador, a sensação que se passa é que Samantha realmente está presente naquele lugar, como se estivesse ao seu lado, o escutando perfeitamente, o olhando e conversando como se fosse uma pessoa comum.
      Apesar de Samantha ter sido progamada para aprender cada vez mais com os humanos, Theodore parece aprender mais com ela, do que ela aprende com ele. Graças a ajuda de Samantha, ele consegue escapar da enorme solidão que estava inserido, e começa novamente a ver beleza na vida. Samantha acaba mudando ele completamente, o transforma, mas acima de tudo, consegue fazê-lo deixar de correr de seus sentimentos, lidando com eles e tentando os compreender.
      Sendo assim, durante o relacionamento dos dois, Theodore entra numa jornada de autoconhecimento, descobrindo fatos sobre si mesmo, e aprendendo até mesmo com seus erros. É uma jornada de descobertas sobre si mesmo do personagem, que se vê perto de cometer os mesmos erros do passado, mas resolve dessa vez fazer algo a respeito.
      Her é um filme tocante, que desperta uma série de questões sobre o amor, a vida e a humanidade no telespectador. Sendo particularmente um dos meus filmes favoritos, é um filme que eu recomendo e muito, e que com certeza você irá carregar por um bom tempo.